Retração geral na economia gera retração das vendas e serviços em muitos segmentos. Menos dinheiro em giro pode resultar em desequilíbrio nas finanças de muitas organizações e dificuldades para honrar compromissos em toda cadeia.
“O gestor de finanças necessita atuar constante e rapidamente, baseado em informações sobra as transações das diversas áreas da organização que direta ou indiretamente em algum momento se transformam valores monetários gerando entradas ou saídas no caixa. O resultado destas entradas e saídas é o fluxo de Caixa.”
Fluxo de caixa é o instrumento de gestão financeira geralmente usado para projetar as entradas, saídas e o saldos monetário futuros. Existem várias situações em que o fluxo de caixa pode ser usado, tais como: planejamento orçamentário de curto, médio ou longo prazos; análise de projetos de investimentos; fluxo de caixa das operações em andamento; etc.
Neste momento vamos dar atenção ao fluxo de caixa das operações em andamento. Grande parte deste é baseado nas operações já efetivadas como pedidos em carteira – ainda irão consumir recursos para serem comprados ou produzidos e entregues – vendas a receber, compras e contratos efetivados, investimentos e financiamentos, folha de pagamento e outros gastos operacionais.
Uma vez identificado um desequilíbrio de caixa, o gestor precisa agir rápido para sua correção. Para tanto, é fundamental informações e conhecimento integrado das próprias operações, bem como do mercado de atuação.
De modo natural e em geral, o gestor está inclinado a optar pelas alternativas mais rápidas e fáceis, como antecipar a carteira de títulos a receber, usar cheque especial, empréstimo em instituições financeiras, postergar pagamentos, etc. Apesar de mais rápida e fácil, estas alternativas tem custo financeiro mais elevado, o que pode comprometer ainda mais a situação financeira futura de organização.
Outras questões que nem sempre recebem a devida atenção em situações “normais de operação”, podem ser uma excelente alternativa para suprir a necessidade de caixa, inclusive para médio e longo prazos. Abordamos algumas delas que consideramos essenciais:
- Comercializar estoque de produtos com baixo giro:
Estes produtos já consumiram recursos financeiros na sua aquisição ou produção e podem contribuir consideravelmente na melhora do caixa. Esta venda demanda atenção quanto ao preço a ser praticado, ponderando fatores do ramo de atuação, e margem de contribuição (valor de venda (-) impostos/comissões/fretes (-) custos e despesas variáveis), ou seja, a contribuição do produto para pagamento de gastos fixos;
- Na indústria o estoque de materiais com baixo giro:
Devolver ou trocar com fornecedores ou revender estes materiais. Pode ainda, criar produtos para seu aproveitamento. Este tipo de estoque é comum, especialmente em indústria da moda por incoerência ou erro na projeção das vendas ou por mudança rápida da moda. Ou ainda, quando o sistema de controle e gestão dos suprimentos é deficiente, induzindo a compras erradas ou não evidencia existência de tais estoques.
- Renegociar contratos de serviços, financiamentos e preços de fornecimento ou busca de fornecedores alternativos.
De modo geral, as organizações possuem alguma margem para negociação, seja por estratégia, ou resultado de trabalhos de redução dos seus custos e despesas. A negociação sempre é o melhor caminho.
- Adequação do nível de atividade para necessidade real:
Acabar ou reduzir drasticamente a ociosidade de qualquer recurso é a chave para equilíbrio das finanças em médio e longo prazos. Integram esta adequação as edificações (alugado ou próprio), máquinas e instalações, mão de obra, atividades restritas às essenciais, melhoria e adequação de processos, etc. Esta adequação gera mudanças profundas que levam a organização a uma atuação mais leve, ágil que irão refletir em melhores resultados.
Portanto, podemos concluir que a ferramenta “fluxo de caixa” é fundamental na gestão, especialmente se utilizada com abrangência e detalhamento adequados.
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